Aniel Garcia Leal Filho: conheça a saga de um vencedor

Conhecido também como ‘Zebra’, técnico e competidor da natação conta sua trajetória de conquistas e medalhas

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Técnico de natação em Marília, Aniel Garcia Leal Filho, o “Zebra”, assim conhecido, passou por uma carreira brilhante como competidor antes de se tornar um professor da modalidade. Revista Five lembra a saga do vencedor.

De acordo com Leal, suas maiores vitórias estão em campeonatos paulistas e brasileiros. “Nas categorias e absolutos, fui quatro vezes seguidos campeão paulista e um ano campeão brasileiro de natação, sendo inverno e verão. Consegui o vice-campeonato no Troféu ‘José Finkel’, uma das competições mais importantes do país”, destaca.

Zebra foi quatro vezes campeão paulista de natação, além de vice-campeão do Troféu ‘José Finkel’, uma das competições mais disputadas

Zebra participou ainda de um mundial e das Olimpíadas de Moscou, mas não teve êxito em medalhas. “Eu nadava 100, 200 e 1.500 metros em minhas provas de natação. Iniciei minha carreira em Ourinhos, em aulas do município. Consegui aprender a nadar e fui me desenvolver como nadador quando vim para Marília, onde adquiri meus melhores resultados com o professor Otaviano Dias Bastos. Tive uma carreira gradativa bastante positiva, pois meu técnico cobrava muito e me estipulava metas”, comenta.

Sobre o cenário esportivo atual, Zebra faz um desabafo. “Hoje, está difícil fazer o esporte virar no Brasil, tanto no Estado como na região. Temos o Yara Clube de Marília, que possui uma diretoria que apoia a natação e outras modalidades do esporte. Não é fácil trabalhar, porque enfrentamos vários obstáculos, mas contamos com essa importante ajuda do Yara, que já revelou grandes vencedores mundiais. Agradeço o incentivo dos pais de meus alunos nadadores e à empresa parceira Planet Limp”, salienta.
Zebra é grato à natação por tudo que conquistou na vida. “Na juventude, fui engraxar sapato na praça para obter o dinheiro necessário para pagar a taxa das aulas de natação. Acabei fazendo da natação a minha vida e criei meus filhos, que hoje estão muito bem graças a Deus”, conta o técnico.

Praticada na Grécia Antiga e pelos romanos, entre outros povos, a natação, embora popular, demorou muito para se transformar em uma competição organizada, tendo seus estilos desenvolvidos de diferentes formas ao longo da história.

Segundo a Rede Nacional do Esporte, um dos primeiros registros data de 1696, quando o francês M. Thevenal descreveu uma maneira singular de nadar, semelhante ao nado de peito praticado atualmente, que consistia em movimentos de pernas e braços parecidos com os de uma rã. O nado de costas teve sua primeira forma criada em 1794, pelo italiano Bernardi. Ele sugeriu um movimento com os dois braços sendo jogados para trás simultaneamente, que, a partir de 1912, foi aperfeiçoado, tornando-se bem parecido com o nado de costas praticado atualmente.

De engraxate de sapatos, Aniel se tornou um nadador campeão brasileiro e competidor olímpico

Em 1873, o inglês John Trudgen desenvolveu uma nova técnica, que consistia em rotações laterais do corpo, tendo a movimentação dos dois braços sobre a água como principal fonte de deslocamento. Essa técnica, batizada de Trudgen ou “over-arm-stroke”, foi aperfeiçoada pelo australiano Richard Cavill e, posteriormente, transformou-se no nado crowl (livre) que conhecemos hoje.

Finalmente, na década de 30, nadadores norte-americanos, já durante competições, atentaram para o fato de que as regras do nado de peito não impediam que o movimento dos braços fosse realizado sobre a superfície da água, o que permitia um deslocamento mais rápido. Essa manobra conviveu com a técnica do nado peito por quase 20 anos até que, em 1948, um nadador húngaro a transformou no nado borboleta, reconhecido oficialmente pela Federação Internacional em 1953 como um estilo da natação.

No Brasil, o esporte surgiu, oficialmente, em 31 de julho de 1897, com a fundação da União de Regatas Fluminense

Os primeiros torneios remontam ao século 19, tendo ocorrido na Austrália, em 1858, no Campeonato Mundial de 440 jardas. Em 1869, a Inglaterra realizou o 1º Campeonato Nacional e, finalmente, em 1877, os Estados Unidos adotaram a forma de competições organizadas, inicialmente pelo New York Athletic Club. Aos poucos, a modalidade ganhou força e, em 1908, durante as Olimpíadas de Londres, foi fundada a Fina (Federação Internacional de Natação), que comanda não só as provas da modalidade, mas as de nado sincronizado, polo aquático e saltos ornamentais.

No Brasil, o esporte surgiu, oficialmente, em 31 de julho de 1897, com a fundação da União de Regatas Fluminense. Um ano depois, o Clube de Natação e Regatas organizou o primeiro Campeonato Brasileiro, que consistia em uma distância de 1.500 metros, entre a Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia, no Rio de Janeiro.

Medalhista brasileiro

Um dos medalhistas olímpicos brasileiros é César Augusto Cielo, que foi campeão olímpico dos 50 metros livre nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, onde também conquistou uma medalha de bronze nos 100 metros livre, campeão mundial dos 100 metros livre em Roma 2009, e tricampeão mundial dos 50 metros livre em Roma, também em 2009, Xangai 2011 e em Barcelona 2013, além de recordista mundial de ambas as provas. Cielo ganhou ainda três medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.

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