Crédito consignado

Não são raras as vezes em que o consumidor acredita que o crédito é parte de sua renda e passa a trabalhar com o valor do dinheiro emprestado somado à sua receita líquida real para fechar o orçamento.

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Afirmar que o brasileiro ainda tem dificuldades em lidar com o crédito é redundante e desnecessário. Todos nós sabemos disso, visto que não são raras as vezes em que o consumidor acredita que o crédito é parte de sua renda e passa a trabalhar com o valor do dinheiro emprestado somado à sua receita líquida real para fechar o orçamento. Ao utilizar o crédito dessa forma, mais cedo ou mais tarde, o consumidor terá problemas e geralmente isso só é percebido quando a dívida se torna gigantesca e incontrolável.

O crédito consignado, que possui ofertas acessíveis e mais baratas, era concedido a partir da garantia do débito diretamente na folha de pagamento das empresas. A certeza de pagamento era maior, o risco de inadimplência muito mais baixo e os juros mais civilizados.

Claro que a ideia é muito bem-vinda em um país como o Brasil, onde os juros são tão altos. Ter a disponibilidade de linhas mais baratas significou um grande avanço. O grande problema começou a surgir quando a facilidade de acesso à linha de crédito se chocou com a necessidade dos consumidores em tomar o empréstimo.

Porém, na medida em que o consumidor contrai empréstimos de maneira reiterada, o comprometimento de seu orçamento faz com que seu poder de compra seja reduzido. Logo, ou se realiza uma séria reorganização nos gastos cotidianos ou o caminho para o superendividamento está trilhado.

O crédito consignado pode ser uma alternativa inteligente para quem tem dívidas com juros maiores ou para quem precisa de um valor a ser usado em uma emergência. Caso contrário, o melhor continua sendo planejar suas finanças e guardar dinheiro, sempre respeitando os seus limites de renda.
Há, ainda, que se falar no assédio sofrido das empresas que negociam créditos, visto que, não raras vezes, os consumidores recebem inúmeras ligações ofertando a renovação do empréstimo consignado com a devolução do “troco”, o que nada mais é do que a quitação de um empréstimo com valor retirado de outro. Mais uma vez, uma grande contribuição para o superendividamento do consumidor.

Existem cuidados que podemos tomar, como simular contratos e pesquisar taxas de juros antes de formalizar a contratação, jamais fornecer dados de benefícios ou documentos pessoais pela internet, evitar contratos virtuais, não pagar nenhum valor antecipado como garantia de crédito e nunca assinar nenhum contrato sem que haja total entendimento de todas as cláusulas ali contidas.

Em linhas gerais, o crédito consignado é uma grande ferramenta em prol do consumidor, desde que não utilizado de maneira irresponsável.

● Guilherme Moraes

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