Respire fundo e conte até dez…

Síndrome de Burnout, que significa ‘queimar por completo’, é uma doença pouco conhecida, mas que pode estar presente na vida de muitas pessoas

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Quem nunca respirou fundo e contou até dez antes de dar aquela resposta mal educada para alguém que fez uma provocação? Isso se chama estresse e está presente, principalmente, no campo de trabalho.

Para a psicóloga Anay Gamero Costa, a Síndrome de Burnout é associada ao esgotamento profissional. “Trata-se de uma doença emocional que tem como principais sintomas o estresse, exaustão extrema e cansaço físico, resultante de situações desgastantes vivenciadas no ambiente de trabalho. Pode estar ligada à cobrança, pressão, muita competitividade ou responsabilidade no trabalho”, complementa.

Principal causa da doença é normalmente o excesso de trabalho

A principal causa da doença é normalmente o excesso de trabalho. “O diagnóstico da síndrome é feito por profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. É importante buscar ajuda, pois quando não tratada, a Síndrome de Burnout pode evoluir para depressão e se tornar um quadro mais grave e complexo”, destaca Anay.

Síndrome de Burnout é associada ao esgotamento profissional

O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento em saúde mental gratuito através dos ambulatórios de especialidades e Caps (Centros de Atenção Psicossocial), que tem unidades em vários municípios, em Marília e região. “O paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência e informar os sintomas ao médico, para que possa ser encaminhado ao serviço de referência e iniciar o tratamento”, explica.
O tratamento normalmente surte efeito rápido. “É feito por meio de psicoterapia e, em alguns casos, medicação para controle dos sintomas. Algumas mudanças de hábitos podem auxiliar no tratamento, como técnicas de relaxamento e prática de atividade física regular”, conclui a psicóloga.

OMS/ De acordo com o Portal Pebmed, a Síndrome de Burnout foi oficializada recentemente pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma síndrome crônica. “Enquanto um ‘fenômeno ligado ao trabalho’, a OMS incluiu o Burnout na nova Classificação Internacional de Doenças [CID-11], que deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2022”, divulgou.

SUS oferece tratamento em saúde mental gratuito através dos ambulatórios de especialidades e Caps

Essa é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. “Uma das consequências mais marcantes da síndrome é o da barreira que ela impõe entre o profissional e o paciente. Nestes casos, quanto mais sofrimento o paciente apresenta, mais indiferente o profissional parece se tornar, como se existisse uma barreira poderosa entre os dois”, detalha a psicóloga Marilda Novaes Lipp, fundadora do IPCS (Instituto de Psicologia e Controle do Stress).

Como a síndrome não exige notificação compulsória, o Ministério da Saúde não consegue contabilizar com precisão o número de brasileiros afetados pela doença. Segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, na comparação entre os anos de 2017 e 2018, o crescimento de benefícios de auxílio-doença com a patologia chegou a 114,80%. O número de benefícios pulou de 196 para 421.

Uma pesquisa realizada pela Isma-BR (International Stress Management Association), em 2018, calcula que 32% dos trabalhadores no país padecem da doença e seriam mais de 33 milhões de cidadãos. Em um ranking de oito países, os brasileiros ganham de chineses e americanos, só ficando atrás dos japoneses, com 70% da população atingida.

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