Toxina Butolínica-(botox)

Dermatologista Mariam Patrícia Auada Souto explica que tanto homens como mulheres podem fazer o procedimento. Toxina também é usada para tratar patologias

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De acordo com a dermatologista e professora do curso de medicina da Unimar (Universidade de Marília) Mariam Patrícia Auada Souto, a toxina botulínica é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum e é conhecida popularmente como “botox”, marca de um dos produtos a base de toxina botulínica tipo A.

O procedimento é feito em consultório, sem a necessidade de internação ou sedação. “Quando injetada em quantidades muito pequenas, em um músculo facial específico, apenas o impulso que orienta este músculo será bloqueado, causando o relaxamento local. Este relaxamento, por sua vez, ameniza linhas de expressão e rugas, como os ‘pés-de-galinha’ e a linha entre as sobrancelhas, além de reposicioná-las. A terapia é bem tolerada e a recuperação é rápida. A toxina começa a fazer efeito entre o terceiro e o quinto dias, e o resultado final aparece após 14 dias. Esse efeito perdura de três a seis meses, até que desaparece gradativamente enquanto a ação muscular retorna”, explica.

Uma aplicação de toxina bem feita e indicada é uma injeção de ânimo na autoestima

Com aplicações em intervalos regulares, segundo a médica, pode ocorrer enfraquecimento do músculo e, dessa forma, as aplicações passam a durar mais tempo. Homens e mulheres podem fazer o procedimento. “Estão entre as contraindicações, hipersensibilidade ao produto (alergia), que é rara, presença de processo inflamatório ou infeccioso no local, gravidez e amamentação. Doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla, também estão entre as contraindicações”, complementa.

Toxina botulínica é usada também para tratamentos patológicos, como hiperhidrose”,

diz Mariam Patrícia Auada Souto

Para Mariam, uma aplicação de toxina bem feita e indicada é uma injeção de ânimo na autoestima. Entretanto, se mal feita tem efeito desastroso no rosto. “O importante é procurar um médico capacitado para o procedimento. Os efeitos colaterais são mínimos e relacionam-se com a injeção local. Dor ou inchaço podem surgir em torno do local. Maquiagem pode ser usada após o tratamento, mas é preciso ter cuidado para não pressionar ou massagear a área após algumas horas do procedimento. Em casos raros, os pacientes podem desenvolver fraqueza temporária dos músculos vizinhos, dor de cabeça ou apresentarem sobrancelha e pálpebra caídas temporariamente”, alerta.

Além da estética, o produto pode ser usado também para tratamentos patológicos, como relata a médica dermatologista. “A toxina botulínica é usada também para tratamentos patológicos, como de hiperhidrose, que é a transpiração excessiva. As injeções altamente diluídas da toxina botulínica são feitas diretamente na pele das axilas ou na pele das palmas das mãos e plantas dos pés. Há paralisia das glândulas sudoríparas da pele, responsáveis pela transpiração excessiva. Uma única sessão de tratamento pode fornecer meses de alívio. A toxina é usada ainda em neurologia para tratamento de enxaqueca e correção de paralisia facial. Na oftalmologia é usada para correção de blefaroespasmo (contração involuntária das pálpebras) e estrabismo”.

A substância funciona, também, inibindo a produção de sebo no rosto e diminuindo o tamanho dos poros, o que pode resolver o problema da acne. Para fins estéticos, os médicos treinados para aplicação de toxina são os dermatologistas e os cirurgiões plásticos.

● Dermatologista e professora do curso de medicina da Unimar (Universidade de Marília) Mariam Patrícia Auada Souto.

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