O mundo inteiro esqueceu do coronavírus por algumas horas da última quarta (29), durante os preparativos para um acontecimento histórico: estava marcado o lançamento da primeira missão da Nasa à bordo de um foguete projetado e fabricado pela iniciativa privada – O Falcon 9, da SpaceX de Elon Musk. Infelizmente, o céu fechou e o lançamento foi adiado.
O mau tempo foi passageiro, mas não é possível atrasar 10 ou 20 minutinhos quando o assunto é uma viagem à órbita da Terra – qualquer atraso, por mais insignificante que pareça, é suficiente para tirar a cápsula Crew Dragon da rota necessária para ancorar na Estação Espacial Internacional (ISS), destino dos astronautas Robert Behnken, 49 anos, e Douglas Hurley, 53.
O lançamento foi remarcado para este sábado (30), e aconteceu às 16h22 no horário de Brasília.
Até 2011, a Nasa supria a ISS usando os ônibus espaciais – que decolavam na vertical, com o auxílio de um foguete, mas depois reentravam na atmosfera da Terra e pousavam planando, como um avião com os motores desligados. Quando essa tecnologia foi aposentada, eles passaram a depender da Soyuz russa. É uma nave antiga e confiável, com 153 missões no currículo – registrou apenas um acidente fatal desde 1967, data de sua estreia.